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  • Otávio Vizotto

PILARES: APOIO, INTEGRAÇÃO E CLASSE

Como integrar uma inconveniência estrutural ao ambiente de forma útil e elegante.

Fonte: https://bit.ly/3RLQgri


Já estão vinculados ao vocabulário popular, sendo retratados em inúmeras obras de maneira metafórica e utilizados como parâmetro em numerosos momentos da vida. Os pilares são, de fato, um dos elementos estruturais mais antigos e importantes de toda a história da engenharia e arquitetura. Eles estão presentes desde a antiguidade, sendo necessários para manter a estabilidade de grandes projetos arquitetônicos, como o famoso Templo de Atena, na Grécia, ou o pouco conhecido Göbekli Tepe, na Turquia, considerado o projeto humano mais antigo da história conhecida, que conta com vestígios de pilares e arcos em suas ruínas.

Ruínas de Göbekli Tepe, Turquia

Fonte: https://bbc.in/3eCHrSB


Que essas estruturas são fundamentais na estabilidade de uma construção, todos já sabem. Contudo, muito frequentemente, erros estruturais, causados pela ausência ou mal posicionamento de pilares ocorrem no meio suburbano, principalmente entre pessoas de classe média que objetivam construir suas casas de maneira independente, sem o auxílio de construtoras ou engenheiros especializados. Isso culmina em negligência quanto ao uso de pilares, tendo em vista a inconveniência que eles trazem consigo ao limitar o espaço em grandes cômodos, além de serem um recurso que possivelmente pese no orçamento limitado da construção.


Possíveis riscos


O uso inadequado dos pilares pode trazer consequências graves em uma construção cívil. Além de comprometer a estabilidade do projeto, reduzindo a área de contato que suporta o pavimento superior, a ausência desses elementos contribui para a formação de rachaduras e possíveis infiltrações nas paredes internas e externas da construção, visto não serem comumente adaptadas para suportarem todo o peso da obra sozinhas. Dessa forma, a negligência na instalação desses elementos coloca em risco não somente a longevidade do projeto arquitetônico, mas também a vida de pessoas que possam vir a se envolver em possíveis acidentes estruturais.


Como contornar a inconveniência?


Existem muitas maneiras distintas para contornar essa problemática, através de uma maior integração desses elementos ao ambiente. Mas como cada caso é um caso, torna-se válido avaliar a situação por inteiro, a fim de adotar a melhor solução possível.


Pilares como ornamento:


Provavelmente a mais antiga técnica dessa lista, a utilização de pilares como ornamento estrutural já era efetuada por povos da antiguidade. O Panteão Romano, por exemplo, é uma estrutura sustentada por oito colunas frontais, seguida por dois grupos de quatro na segunda fileira. Feitas em torno de ornamentos circulares, essas estruturas atuam como pilares, contribuindo, ainda, com a estética da arquitetura do local. É possível aplicar o mesmo conceito na atualidade, porém, adaptando-o para algo mais moderno, como ornamentos em tijolos brutos ou estruturas de aço e concreto.


Fonte: https://bit.ly/3Qrv34V


Pilares Multifuncionais:


A multifuncionalidade tornou-se uma tendência no âmbito moderno, sendo um conceito extremamente prático em economia espacial e financeira. Considerando isso, não é anormal concluir que essa prática também viria a se aplicar a pilares. Utilizá-los acoplados de estantes de livros ou prateleiras reduz o espaço ocupado por estes, auxiliando, ainda, na ambientação, tornando o projeto final mais agradável e contemporâneo. Da mesma forma, estofados e balcões podem se aproveitar dessa estrutura, podendo ser fixos a mesma ou moldados a partir dela.


Fonte: https://bit.ly/3RvbeLF


Alvenaria Estrutural:


Mesmo não sendo o modelo de alvenaria mais utilizado no Brasil, a Alvenaria Estrutural também mostra-se uma alternativa para contornar o empecilho supracitado. Diferentemente da Alvenaria de Vedação – também nomeada como a tradicional –, esse modelo garante que as próprias paredes realizem a função de estruturação do edifício, não havendo a necessidade em posicionar pilares ou vigas de apoio. Além disso, os custos também são reduzidos consideravelmente, em cerca de 60% do valor da estrutura tradicional.. Por outro lado, a realização de reformas torna-se mais complicada, sendo necessário procedimentos técnicos mais apurados para garantir a estabilidade da edificação.


Com base na análise realizada, é evidente que, por mais relevantes que sejam, os pilares podem comumente se tornarem empecilhos em um projeto de engenharia. Nesses casos, a criatividade humana é o que vale, a fim de adaptar o cenário e aprimorá-lo da melhor maneira possível, garantindo estabilidade estrutural, beleza, funcionalidade e segurança.








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